quarta-feira, 4 de maio de 2016

A verdade absoluta e o "politicamente correto"


Tornou-se lugar comum falar-se em “politicamente correto” sobre quase todas as coisas. O “politicamente correto” passou a ser medida para rotular condutas, pessoas e posições individuais diante da vida e da sociedade. Se tais coisas não se amoldarem ao chamado “politicamente correto” são consideradas abomináveis, sem maiores explicações, muito menos no uso do senso crítico.
Essa postura e simplesmente reflexo da mentalidade pluralista e relativista do homem contemporâneo, que considera ofensivo todo confronto de ideias, e o que se prega e que devemos aceitar tudo o que se diz e faz, sem pronunciar qualquer juízo de valor que seja contrário.
O problema do discurso “politicamente correto”, são seus pressupostos. Para aderir a essa ideologia, e preciso necessariamente acreditar no todo que ela representa, abraçando uma ética flácida e situacional, sem convicções firmes, em nome do novo conceito de tolerância.
O Rev. Ricardo Barbosa, citando o sociólogo francês Gilles Lipovetsky, em seu livro “A sociedade Pós-Moralista”, descreve assim a tolerância na cultura moderna; “A tolerância adquire uma maior fundamentação social não tanto pelo fortalecimento da compreensão dos deveres de cada um perante o próximo, mas em razão de uma nova dimensão cultural que rejeita os grandes projetos coletivos, exaurindo de sentido o moralismo autoritário, diluindo o conteúdo das discussões ideológicas, politicas e religiosas de toda a conotação de valor absoluto, orientando cada vez mais os indivíduos rumo a sua própria meta de realização pessoal”. Ou seja, a ausência de uma consciência coletiva, a rejeição a qualquer verdade que seja absoluta e a busca pela realização pessoal geram uma forma perigosa de tolerância.
Entretanto, o perigo da rejeição a uma verdade absoluta esta no fato de que ser tolerante hoje implica, necessariamente, não julgar, não ter mais critérios que separem o bem do mal, o justo do injusto; e, uma vez que não julgamos mais, (em nome do politicamente correto) poucas coisas nos chocam ou abalam e, quando o fazem, e por pouco tempo. O perigo e passar a viver num estado de normalidade de paz frágil, de tranquilidade tão relativa quanto os valores da sociedade contemporânea.
A questão central do assunto, e que, a base da ética e da moral cristã estão ancoradas em verdades absolutas sobre as quais não se encaixam tal discurso. Aceitar o confronto e uma virtude que nos ajuda a reconhecer nosso erros, limitações, faltas e pecados porque ainda somos capazes de perceber que existe algo melhor, mais belo, mais nobre, mais justo, mais santo. E por isso que o caminho para o crescimento e amadurecimento passa pela capacidade de sermos confrontados diante de tudo que compromete a justiça e a santidade.


sábado, 23 de abril de 2016

Igreja, ser e pertencer

O que dizer dessa geração, que cada vez mais baseia suas opiniões em conhecimento superficial? O irmão lê um parágrafo apenas de algum livro que trata dos problemas da igreja atual, segue páginas que somente criticam e apontam os erros do meio evangélico, e já se sente gabaritado para reivindicar a verdade em publico, sentindo-se o defensor do evangelho. Mal sabem eles que agindo assim estão militando a própria causa, e não a causa do Reino, pois a verdade de Deus é completa, ela sempre vem acompanhada de sabedoria, amor e justiça, pra gerar crescimento, edificação, mas sendo desprovida dessas virtudes, a sua "verdade" se torna apenas mais uma crítica destrutiva que só gera contenda e divisão.


#peloverbo

Falando a minha geração

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