segunda-feira, 17 de março de 2014

O ministro e o habito da leitura



Tão importante quanto à dedicação à leitura, são as razões que me levam a dedicar-me a essa sublime e prazerosa tarefa.
 Confesso que tenho notado um interesse mais agudo na leitura da bíblia e de literaturas diversas por boa parte dos pregadores modernos, e para não entrar nos corredores sombrios do pessimismo, considero isso um avanço, porém a crise ainda é uma realidade, estamos vendo um empobrecimento nos púlpitos.
 O problema em questão, esta nas minhas motivações, ler o texto sacro para extrair sermões não é atitude de alguém que valoriza mais a sua transformação interior. Pregadores que preparam a cabeça, mas não o coração. Bem afirmou o Rev. John Stott;
 “A pratica da pregação jamais pode ser divorciada da pessoa do pregador”.
 A leitura tem que desafiar a mim mesmo, antes de desafiar a outros, envolve um processo de humildade, pois preciso reconhecer a necessidade que tenho de rever meus conceitos, valores, etc. É bem conhecido o que disse Stanley Jones:
“O maior inimigo do cristianismo não é o anticristianismo, mas o subcristianismo”.
 Um ministro indisposto a viver essa transformação representa um perigo maior para a igreja do que falsos profetas e falsas filosofias.
Fé pregada deve ser fé vivida.
Termino com uma citação do Rev. H.D.L. de E. M. Bounds:
“O homem, o homem por inteiro está atrás do sermão. Pregação não é a atuação de uma hora. Pelo contrário, é o produto de uma vida. Levam-se vinte anos para fazer um sermão, porque gastam-se vinte anos para fazer um homem. O verdadeiro sermão é algo vivo”.
O sermão cresce, porque o homem o homem cresce.
O sermão é vigoroso, porque o homem é vigoroso.
O sermão é santo, porque o homem é santo.
O Sermão é cheio da unção divina, porque o homem é cheio da unção divina.
Pr Jhonatas Soares

segunda-feira, 3 de março de 2014

O pregador moderno e a educação teológica



É evidente o crescimento numérico de jovens pregadores em nossas igrejas, e reconheço que faço parte desse grande contingente. Lamentavelmente o crescimento quantitativo não representa crescimento qualitativo.

Das muitas preocupações que tenho com esse espantoso crescimento numérico, classifico um que me causa uma inquietação mais aguda, que é a falta de preparo e as de interesse com a educação teológica.

Com a falta do preparo teológico, há uma crise sem precedentes permeando os nossos púlpitos, sermões estão sendo pregados para atender os interesses da audiência, e os pseudo pregadores alegam que tais mensagens “vieram do trono de deus”, infelizmente concebem uma ideia, e depois buscam respaldo nas escrituras sagradas, usando textos fora dos seus contextos, somente para dar base aos seus argumentos irrefletidos. Fico me perguntando as vezes se o que pregam realmente é o que eles creem.

A maior necessidade que temos hoje é de pregadores que exponham o texto bíblico com excelência e com toda clareza. Que não se deixem levar por arroubos de eloquência ou, façam uso de técnicas de oratória que fazem o público vibrar com a mensagem, mas que ao mesmo tempo lhes retira o ensino, a edificação, a exortação e a consolação que provém quando realmente as Escrituras são expostas em toda sua inteireza.

Pr. Jhônatas Soares.

Ponto Final

Há alguns dias conclui a leitura do belo livro de Rubem Amorese, (Ponto final. A vida cristã como ela é). De tudo que li, achei um texto que me encantou, o titulo do artigo é, “Um email de Deus a igreja do Século 21”.
O autor escreve na primeira pessoa, como um monólogo aberto e intimo de Deus para a sua igreja. Aproveitando que estamos iniciando o ano de 2014, fiz uma adaptação em seu texto, e escrevi no formato de uma oração.
Ficou mais ou menos assim;

Eu quero te amar de forma segura; ser somente seu; ficar o tempo todo contigo e esquecer um pouco os meus compromissos.

Eu quero amar as coisas simples que tu criastes para a minha alegria; conversas, cheiros, sensações que falam de mim.

Eu quero sentir saudades de ti, dos seus lugares, dos seus altares, das suas coisas, da sua gente.

Eu quero ser mais carinhoso, não quero olhar no relógio, quando estivermos juntos, sem dar preferência à liturgia.

Eu quero desligar o meu celular quando tu estiveres falando do seu amor e fazendo planos para mim.

Eu quero ir para cama mais cedo no sábado na expectativa de nosso encontro no domingo, e as festas, filmes, encontros, percam a graça.

Eu quero te levar para as minhas viagens, reuniões, cinema, nas rodinhas de amigos, e que isso não seja coisa só minha.

Eu quero me indignar por ti, ao presenciar algo que o senhor abomine; ver a injustiça, a mentira, a opressão, a pobreza, a vida desregrada, o alcoolismo, as drogas.

Eu não quero mais achar graça em piadas indecentes (que sempre banalizam as coisas boas e santas que o senhor criou, como o sexo, o casamento, a fidelidade), não quero falar palavrões, quero abominar a pornografia, não quero flertar com os incrédulos, não invejar a sua violência, suas mentiras.

Eu quero vasculhar os meus bolsos e encontrar os presentes que o Senhor tem me dado – seus dons – quero usa-los com carinho e orgulho, como se fossem colares e pingentes de valor sentimental.

Eu quero te servir sem precisar de cargos ou funções oficiais – sem esperar outra recompensa que não seja o seu olhar de aprovação.

Ainda sou tão menino! Só sei te chamar de pai, pedir e agradecer coisas – a maioria das quais o Senhor já me deu mais de uma vez, e estão espalhadas em meu quarto de brinquedos.

Essa é a minha oração!

* Texto de Rubem Amorese, adaptado por Jhonatas Soares.

domingo, 2 de março de 2014

Oração


  Um tema tão importante sendo entendido e ou interpretado de forma equivocada. Percebo que, o que era para ser um prazer, alento, suspiro para a alma, se tornou um peso.
 A oração quando praticada pelo cristão moderno, em sua maioria, é vista como uma simples obrigação religiosa, prática de uma simples demonstração externa de piedade.
 E quando passamos a acreditar que a oração é simplesmente um momento de listar de maneira detalhada o que necessitamos a Deus?
  
 Precisamos voltar à ideia de que orar é reservar um tempo de qualidade para desfrutar da presença de Deus, momento de comunhão, estar diante Dele somente para admirá-Lo, adorá-Lo.

 A oração não coloca em Deus o nosso sentido de urgência, de imediato, até por que, como bem disse o Rev. Peterson, “Deus sempre esta fazendo algo antes que eu perceba. A tarefa não é então conseguir que Deus faça algo que eu acho que deve ser feito, mas, discernir o que Deus está realizando, de modo a responder à sua atuação, participando e alegrando nela”.
Pr. Jhônatas Soares.

Falando a minha geração

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