segunda-feira, 3 de março de 2014

Ponto Final

Há alguns dias conclui a leitura do belo livro de Rubem Amorese, (Ponto final. A vida cristã como ela é). De tudo que li, achei um texto que me encantou, o titulo do artigo é, “Um email de Deus a igreja do Século 21”.
O autor escreve na primeira pessoa, como um monólogo aberto e intimo de Deus para a sua igreja. Aproveitando que estamos iniciando o ano de 2014, fiz uma adaptação em seu texto, e escrevi no formato de uma oração.
Ficou mais ou menos assim;

Eu quero te amar de forma segura; ser somente seu; ficar o tempo todo contigo e esquecer um pouco os meus compromissos.

Eu quero amar as coisas simples que tu criastes para a minha alegria; conversas, cheiros, sensações que falam de mim.

Eu quero sentir saudades de ti, dos seus lugares, dos seus altares, das suas coisas, da sua gente.

Eu quero ser mais carinhoso, não quero olhar no relógio, quando estivermos juntos, sem dar preferência à liturgia.

Eu quero desligar o meu celular quando tu estiveres falando do seu amor e fazendo planos para mim.

Eu quero ir para cama mais cedo no sábado na expectativa de nosso encontro no domingo, e as festas, filmes, encontros, percam a graça.

Eu quero te levar para as minhas viagens, reuniões, cinema, nas rodinhas de amigos, e que isso não seja coisa só minha.

Eu quero me indignar por ti, ao presenciar algo que o senhor abomine; ver a injustiça, a mentira, a opressão, a pobreza, a vida desregrada, o alcoolismo, as drogas.

Eu não quero mais achar graça em piadas indecentes (que sempre banalizam as coisas boas e santas que o senhor criou, como o sexo, o casamento, a fidelidade), não quero falar palavrões, quero abominar a pornografia, não quero flertar com os incrédulos, não invejar a sua violência, suas mentiras.

Eu quero vasculhar os meus bolsos e encontrar os presentes que o Senhor tem me dado – seus dons – quero usa-los com carinho e orgulho, como se fossem colares e pingentes de valor sentimental.

Eu quero te servir sem precisar de cargos ou funções oficiais – sem esperar outra recompensa que não seja o seu olhar de aprovação.

Ainda sou tão menino! Só sei te chamar de pai, pedir e agradecer coisas – a maioria das quais o Senhor já me deu mais de uma vez, e estão espalhadas em meu quarto de brinquedos.

Essa é a minha oração!

* Texto de Rubem Amorese, adaptado por Jhonatas Soares.

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Falando a minha geração

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